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Faculdade de Arquitetura - UFJF

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Status: projeto

Ano: 2018

Autores: Vivian Brune + Bárbara Becker + colaboração Mayara Serra

Localização: Juiz de Fora


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Proposta de arquitetura para nova sede da Faculdade de Arquitetura da UFJF.

O programa

1. Bloco atelier

Os ateliês e laboratórios são os ambientes mais importantes da FAU-UFJF pois é onde os alunos permanecem por mais tempo para a realização dos trabalhos. Esses programas foram estrategicamente colocadas no bloco com vista para o bosque para que alunos e funcionários possam ter contato com a paisagem diariamente. Cria-se assim momentos de descanso em que se pode ter contato visual com o bosque de mata nativa e a linda paisagem de morros de Juiz de Fora.

O conforto térmico desse bloco é crucial para o bem estar dos alunos então foi garantida a ventilação cruzada: todas as salas possuem aberturas nos dois lados da fachada (as principais voltadas ao bosque e secundárias para o corredor de acesso). O conforto lumínico também é essencial, portanto foram colocados brises para bloquear a incidência solar direta. Com orientação da fachada à leste, os brises verticais são efetivos na proteção do sol pela manhã sem obstruir a vista da paisagem. Além da vista inspiradora as grandes aberturas permitem uma iluminação indireta, garantindo maior aproveitamento das horas do dia economizando energia.

 

A maior possibilidade de encontros e trocas acadêmicas se dá em momentos de contato ocasional em circulações e espaços de permanência. Para incentivar essa troca e aumentar o contato entre os alunos, o acesso aos ateliês se dá diretamente pelo pátio interno e pelas passarelas. Essas passarelas dão vida ao edifício e garantem um permanente fluxo de alunos pelo pátio interno. Para aumentar ainda mais a conexão entre os alunos existem armários nas passarelas que expõe maquetes e trabalhos feitos pelos em sala.

 

A interação entre as salas de ateliê, atividades de projeto como charretes e apresentações de fim de ano, se dá por meio de painéis móveis. Estes possuem propriedades acústicas absorventes para melhor qualidade dos ambientes de aula quando fechados.

 

2. Bloco Auditório

São nos momentos de encontro, festas, troca cultural e discussão sobre arquitetura fora da sala de aula que o conhecimento da comunidade acadêmica evolui. Para isso o bloco do auditório garante uma intensa interação dos alunos entre si e com a comunidade externa por concentrar os programas de convivência: a cantina, o centro acadêmico, o auditório e a maquetaria. Essas atividades estão agrupadas neste bloco permitindo o conforto acústico das demais atividades do edifício que demandam silêncio. A escada de acesso ao auditório é também uma arquibancada para apresentações informais, projeções, encontros. O acesso ao bloco é próximo da entrada do pátio sendo portanto de fácil acesso pela comunidade externa que participe de eventos.

 

3. Bloco ADM

O bloco de administração possui acesso independente e próximo à entrada principal facilitando a identificação e encaminhamento das demandas externas, como visitas, alunos recém-ingressos e atividades de pós-graduação e pesquisa.

A fim de evitar o superaquecimento devido à grande incidência de sol na fachada norte, as aberturas são mais pontuais, uma abertura por sala. Já na fachada sul as aberturas são maiores e possibilitam uma boa visão do pátio interno.

O Pátio interno

O acesso de pedestres se dá em única entrada pelo pátio interno, defronte ao prédio de engenharia, de maneira a permitir maior integração com este. Este acesso pode ser controlado e fechado em horários desejados.

 

O pátio interno é sem dúvida o local de maior movimentação, interação e fluxo do edifício. Onde os alunos podem relaxar, confraternizar e explorar como um laboratório externo de maquetes e protótipos. Os caminhos do pátio foram sinuosamente determinados a fim de ligar o acesso principal às escadas das passarelas. Os caminhos curvos configuram bolsões de espaços de permanência que podem ser usados tanto para exposição de trabalhos, quanto para ocupação de mesas e cadeiras para estudos ou interação social.

 

As áreas verdes permitem a recuperação da vegetação original com plantas nativas que são mais adaptadas e mantém uma interação com a fauna local. A vegetação além de recuperar o ecossistema local e interagir com a fauna e flora do bosque próximo mantém o espaço com sombra e portanto mais agradável para a permanência. Os móveis soltos podem ser locados onde o usuário bem entender de acordo com a demanda de visuais, interação, insolação do momento.

 

Nas extremidades do terreno haverá uma recuperação da vegetação original que foi desmatada, e permanecerá como estoque futuro para possível expansão dos blocos caso haja necessidade.

Blocos

Como anteriormente explicado os blocos foram distribuídos de acordo com a relação com o terreno, insolação, proximidades, vistas. Desta forma o bloco de atelier e laboratórios tendo o papel principal no projeto possui orientação sudeste: com maiores aberturas e vista para a vegetação; e orientação nordeste: menores aberturas e acessos com armários mitigando a troca térmica. O bloco do auditório tem fácil acesso da comunidade externa, e por possuir um programa mais fechado possui orientação oeste com poucas aberturas e leste com forte relação com o pátio. O bloco de administração também possui fácil acesso do público externo.

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